Cheguei ao hospital e já fui recepcionada pelas enfermeiras que já me colocaram em um quarto e me exaninaram. Eu sentia algumas contrações mas era coisa minima, a dor não era tão grande. Eu fui muito bem recebida e as enfermeiras da maternidade me deixaram muito tranquila. O meu quarto do hospital também me deixou bem tranquila, ele era uma graça...tinha uma banheira enorme e um jardim de inverno muito lindo!!Pode não parecer mas isso faz uma grande diferença, o conforto nesse momento especial é muito importante.
Quando a médica chegou logo me disse que estava tudo encaminhado para um parto normal, pois a Mariana estava na posição certa para nascer. O hospital da Unimed em Tupã é conhecido como uma referencia nacional em parto normal, por isso os médicos incentivam muito esse tipo de parto e eu sem questionar a médica aceitei realizar o parto normal.
Minhas contrações rapidamente ficaram mais fortes e mais próximas uma da outra. Isso em menos de 2 horas. As dores ficavam cada vez mais intensas, mas eram suportáveis. Quando estavam bem próximas, iniciamos o preparação para o parto.
Primeiro a médica tentou realizar o parto dentro da banheira e ali começou um sofrimento que parecia não ter fim, as dores ficaram insuportáveis e por mais força que eu fizesse nada acontecia. Depois de quase uma hora na banheira, muito choro, muita dor, a médica decidiu me colocar na cama, ela disse que a posição na banheira não estava ajudando. E então com muito esforço sai da banheira e fui para a cama. Na cama o sofrimento continuou, as contrações eram fortes e quando finalmente a Mariana começou a nascer, quando a cabeça pela apontou...as contrações acabaram! E são elas que ajudam a fazer força, sem elas eu não conseguia mais, por mais força que eu fazia, sem as contrações parecia inútil. Com a Mariana só com os cabelos para fora eu comecei a ver o desespero no rosto dos médicos e das enfermeiras, e naqueles segundos vi a vida da minha filha em risco e pedi a Deus toda a força do mundo, pois era a minha menina...eu precisava dela...e assim veio uma força sem fim e a Mariana nasceu...porém pálida, sem choro, sem reação...ela não veio para os meus braços, o pediatra pegou a minha menina e sai desesperado com ela e eu ali sem poder fazer nada. Eu só podia chorar e pedir a Deus que protegesse a minha pequena...eu tremia pois entrei em choque após o parto. Demorou 3 minutos, os 3 minutos mais doloridos e tristes da minha vida...3 minutos que pareciam uma eternidade..até vir a noticia que a Mariana tinha chorado, que apesar de ter engolido muita secreção...ela estava bem!!Porém eu ainda não poderia pega-la nos braços, ela teria que ficar no funil de oxigênio em observação.
Eu sou eternamente grata pelo nascimento da minha filha...a Mariana foi um milagre de Deus!!!